
Quando em 1970 o inglês Don Whillans desenhou a primeira cadeirinha de cintura da história poucos poderiam imaginar o quanto este equipamento iria evoluir. Os modelos atuais tornaram-se extremamente eficientes, confortáveis e seguros, mas exigem uma série de cuidados de uso e conservação para um perfeito funcionamento.
PORTANTO ATENÇÃO: AS DICAS DESCRITAS A SEGUIR NÃO SUBSTITUEM A FORMAÇÃO MAGISTRAL DO PRATICANTE NEM AS PRECISAS RECOMENDAÇÕES DOS FABRICANTES. LEIA COM TOTAL ATENÇÃO O MANUAL DE USO DE SEUS EQUIPAMENTOS ANTES DE QUALQUER LIMPEZA E/OU USO!
Como todos produtos têxteis produzidos para Técnicas Verticais, as cadeirinhas possuem uma vida útil curta e limitada, estimada em no máximo 5 anos, ou 10 anos somando o tempo de estocagem em perfeitas condições. E a sua validade se extingue mesmo caso nunca seja usada, mantida adequadamente armazenada em uma loja, por exemplo.
As fibras que compõem a sua estrutura entram em lento processo de deteriorização natural pelo simples contato com o ar. Processo que ainda pode acelerar com a exposição à fontes de luz ou mesmo com o toque das mãos, possivelmente impregnadas com resíduos de sujeira e com oleosidade nociva aos tecidos.
Em geral, uma cadeirinha envelhece mais lentamente que uma corda já que quase sempre recebe 60% menos tração e não sofre tanto atrito. É difícil precisar a sua longevidade, variando muito de acordo com a quantidade e uso que teve. O recomendável segundo os fabricantes é inutilizar cadeirinhas de 3 meses a 1 ano, se usadas diariamente; de 2 a 3 anos caso sejam usadas semanalmente; e de 4 a 5 anos com usos ocasionais!
Sempre que possível, mantenha a sua cadeirinha protegida do sol, um dos maiores inimigos dos tecidos. Os raios ultravioletas ressecam as fibras sintéticas acelerando a deteriorização natural do produto. Desconfie da resistência do produto quando o seu nylon se tornar muito desbotado.
O aparecimento de pêlos e fiapos é um processo natural, mas caso se acentue muito é porque chegou a hora de aposentar a sua cadeirinha. Não caia na tentação de queimá-los, para não danificar as fibras com o calor ou mesmo acentuar o problema.
Também inutilize a sua cadeirinha quando ela apresentar sinais fortes de desgaste, como costuras danificadas, furos, cortes ou mesmo fivelas corroídas, deformadas ou trincadas. Lembrando, assim como as ferragens, proteja as fivelas de sua cadeirinha de impactos, que poderiam gerar perigosas micro-fissuras internas invisíveis a olho nu.
Só pra se ter uma idéia, testes realizados com cadeirinhas de apenas um ano de uso comprovaram que a resistência da maioria dos "Loops" - Anel Frontal homologado para suportar no mínimo 16 KN quando novo (cerca de 1.600 kilogramas-força) - se reduzia de 4 a 8 KN. Nos mesmos testes, o Anel de algumas prestigiosas marcas alcançaram uma resistência à ruptura de apenas 7,5 KN! Ainda que sejam poucos os casos no mundo de ruptura do Anel Central da cadeirinha (mesmo porque é raro que o Anel receba um impacto que exceda 4 KN) e do fato de alguns fabricantes discordarem dos testes alegando "insuficiência de padrões estatísticos", este é um ponto bastante preocupante.
Mantenha um controle preciso do uso de sua cadeirinha para saber exatamente quando aposentá-la. Alguns fabricantes recomendam que se aposente uma cadeirinha caso ela tenha suportado uma queda violenta, como as de Fator 2, mesmo que o seu estado não aparente danos visíveis.
Antes e depois de cada uso, vistorie a sua cadeirinha a procura de possíveis deformações, desfiados ou cortes, especialmente no Anel Frontal, na Barrigueira e na Perneira. Quando o revestimento destas partes apresentar sinais de desgaste a cadeirinha deverá ser eliminada imediatamente.
Evite lavar a sua cadeirinha. Limpe-a apenas com um pano úmido e, se realmente necessário, lave-a com água fria, de preferência sem cloro. Caso ela esteja muito suja (com terra, areia ou magnésio), deixe de molho por umas duas horas em água morna a no máximo 30ºC. Evite esfregar, mas se precisar use apenas sabão neutro e uma escova sintética. Seque-a à sombra e sem o auxílio de qualquer fonte de calor.
Jamais lave a sua cadeirinha em máquina de lavar, mesmo que aprovado pelos fabricantes! Este processo de lavagem, além de causar micro-deformações danosas às fibras sintéticas, ainda é arriscado, pois não nos permite assegurar que a máquina esteja completamente livre de produtos químicos prejudiciais à poliamida (como alvejantes).
A sua cadeirinha deverá ser aposentada ao mínimo contato com alguns produtos químicos, especialmente os derivados de hidrocarburetos, substâncias altamente prejudiciais para os tecidos. Em caso de acidente, aposente o seu equipo ou informe o fabricante exatamente o nome do produto contaminante para descobrir a gravidade de seus danos.
Para armazenar, reserve um local seco, arejado e abrigado de fontes de luz e calor. Jamais guarde a sua cadeirinha suja ou úmida, nem a deixe por dias dentro da mochila desnecessariamente.
Evite emprestar a sua cadeirinha, única maneira de manter o controle sobre o seu estado de conservação. E jamais compre uma cadeirinha usada, busque lojas especializadas que realmente tratam adequadamente os equipamentos de segurança.
Manter os seus equipos adequadamente conservados provavelmente vai tornar a suas atividades muito mais dinâmicas, seguras e agradáveis.Fonte: http://www.penatrilha.com.br/
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