quarta-feira, 18 de março de 2009

WindSurf



O windsurf ou prancha à vela é uma modalidade olímpica de vela. No mundo, o Havaí, Ilhas Canárias e praias do Caribe são considerados ótimos lugares para a prática do windsurf. É praticado com uma prancha idêntica à prancha de surf e com uma vela entre 2 e 5 metros de altura e consiste em planar sobre a água utilizando a força do vento.

Origem

Velejadores na prática do esporte.

Criado pelo casal Newman e Naomi Darby na década de 1960, surgiu o protótipo do Windsurf. No entanto, a criativa idéia não foi bem recepcionada, e o casal desistiu da invenção antes de patenteá-la. Alguns anos mais tarde, em 1965, Hoyle Schweitzer (empresário e surfista) e Jim Drake (engenheiro aerospacial), dois amigos que procuravam unir características do surf com o velejo, patentearam o equipamento em 1968 e o batizaram de windsurf. Actualmente existem muitos websites e blogs que divulgam a modalidade (ex. www.windaddicts.blogspot.com).

Equipamento

Windsurfer em Podersdorf

O equipamento de windsurf é formado por vários ítens:

Mastro: monta e dá forma à vela;

Retranca: é o interface entre a vela e o praticante, permite que este direccione e segure a vela;

Vela: permite capturar a força do vento e fazer com que a prancha se desloque; A vela pode ter vários tamanhos, desde medidas pequenas EX(3.0m2), Medias EX(7.0m2) e Grandes EX(12.5m2) e formatos de acordo com a modalidade (ex:ondas, regatas, etc...);

Pé de mastro: peça móvel que liga o mastro à prancha e permite que este se mova em todas as direcções;

Quilha ou Fin: encontra-se fixo na parte inferior da popa da prancha e permite que a prancha se desloque na direcção que queremos, sem a quilha a prancha fica sem controle, e não é possivel deslocar-se de forma perpendicular ao vento;

Patilhão: nas pranchas de aprendizagem é comum existir um patilhão a meio da prancha à semelhança dos barcos de vela, que aumenta a estabilidade e facilita a aprendizagem, nomeadamente do velejo em bolina (contra o vento).

Prancha: é ela que faz o interface entre o praticante de Windsurf e a água, existem diferentes tamanhos e tipos de pranchas, sendo classificadas de acordo com o seu volume (em litros), largura e tipo de modalidade (ex:ondas, regatas, etc...);

Alça ou Footstrep: encontram-se fixos à popa da prancha, para o praticante colocar os seus pés quando a prancha está a planar (velejando em alta velocidade);

Trapézios ou Cabos de arnês: encontram-se fixos à retranca por forma a permitir a utilização do arnês;

Arnês: equipamento vestido pelo praticante que permite utilizar o peso corporal do mesmo, transmitindo-o à retranca através do trapézio, desta forma não é necessário fazer tanta força com os braços;

Extensor: Utilizado para deixar a vela esticada quando o mastro não tem o comprimento necessário para a vela;

Windsurfer em Boiro, Galiza

Manobras

  • Batida: ser jogado de volta a base da onda por sua crista, favorecendo a execução de novas manobras.
  • Batida 360: o velejador faz a prancha se desgarrar da onda, girar 360º no ar e voltar no mesmo sentido em que seguia.
  • Front Looping ou Back Looping: ir de encontro a parede da onda com velocidade, projetar no ar a prancha para dar um giro de 360º para frente ou para trás, respectivamente.
  • Aero jibe: projetar a prancha para cima e, aproveitando a força do vento, virá-la para o lado oposto.
  • Laydown jibe: completar uma curva de 180 graus com a vela paralela a água para neutralizar a força do vento.
  • Jump jibe: ir quase perpendicular ao vento, dar um pequeno salto (usando uma onda ou marola), girando a prancha aproximadamente 180º e jogando a popa a favor do vento, voltando praticamente no sentido oposto do inicial.
  • Jibe: curva a favor do vento.
  • Bordo: curva contra o vento.

Categorias

Freestyle

É a categoria mais agitada do windsurf. A maior atração é o looping, o movimento mais arriscado, que consiste em usar as ondas como trampolim para se lançar, junto com a vela e a prancha, em seguida dar uma cambalhota de 360 graus sobre si mesmo e voltar a água na mesma posição de antes. Alguns atletas conseguem fazer o double-loop, duas voltas no ar antes de voltar à água. Algumas competições desta categoria são indoor. O windsurf indoor é realizado em tanques rodeados por potentes ventiladores em ginásios de grande porte. O velejador Kauli Seadi, Ricardo Campello e Browzinho já foram campeões na categoria jump, aonde o velejador salta uma rampa com um buraco dentro pra quilha passar.

Kids

Além das pranchas de adultos, já estão sendo produzidas pranchas para crianças. Por exemplo, a Prancha Fórmula é muito volumosa, mas na forma Kids ela é ideal para as crianças.

Wave

A categoria wave é disputada nas ondas, similar a um campeonato de surf. Os velejadores fazem manobras nas ondas e juízes decidem a pontuação e a colocação dos atletas na competição. O brasileiro Kauli Seadi sagrou-se campeão mundial nesta categoria em 2005.

Super X

O super X foi criado para criar um espetáculo e chamar a atenção do público para as competições. É uma regata com bóias que os velejadores tem que saltar por cima, quem cruza a linha final primeiro é o vencedor. Além disso há manobras obrigatórias que os velejadores tem que executar em cada perna da regata como o looping e o duck-jibe.

Formula

A mais técnica de todas as categorias. A prática desta se dá em pranchas mais volumosas e com velas maiores. As competições são similares as regatas de grande porte com bóias a barla e sota vento.

Formula Experience

A Formula Experience é uma Classe filiada na ISAF - International Sailing Federation. É uma Classe para velejadores que se desejam iniciar na Formula Windsurfing - o patamar mais alto da competição race.

O equipamento desta Formula é constituido por uma prancha fabricada com materiais menos nobres para que o preço se torne mais atractivo para o praticante. No entanto, a Formula Experience não se resume a uma prancha económica. É efectivamente uma prancha performante, muito próxima da prancha de alta competição.

Enquanto isso, a Classe impõe um conjunto de restrições em termos de vela, mastro e retranca tornando esta Fórmula muito popular, capaz de trazer muitos praticantes ao desporto, situação que de outra forma seria difícil para os interessados.

A Formula Windsurfing é uma Classe destinada aos jovens, mas também para todos aqueles que apesar da idade desejam praticar este desporto de forma descontraída.

O primeiro Campeonato Oficial desta Formula foi realizado em Portugal, Costa de Caparica, em 2003 juntou velejadores dos cinco continentes e foi organizado pelo Overpower Club.

Cuidados

Procure sempre um instrutor ou escola especializada para começar o desporto. Nunca subestime os ventos nem o mar: quando não tiver segurança para praticar o desporto, não arrisque. O instrutor de windsurf Pedro Rodrigues recomenda ainda que o praticante não se afaste muito da costa e, sempre que possível, leve um celular para emergência. “Nunca saia sozinho sem avisar alguém em terra”, completa o mesmo. Nunca navegue com ventos de off-shore, ou seja, com ventos na direcção do mar. Torna-se muito perigoso porque o praticante dificilmente conseguirá chegar a terra.

Benefícios para o corpo

O windsurf é uma atividade física que desenvolve a resistência muscular. São trabalhados os músculos das pernas, braços e costas.A prática inadequada pode causar dores na região lombar, por isso é importante orientação para os iniciantes.

O Windsurf no Brasil

O esporte é organizado pela Confederação Brasileira de Vela e Motor, mas existem também a Associaçao Brasileira de Windsurf que atua de forma mais específica na regulação e promoção do windsurf no Brasil.

No Brasil destacam-se algumas localidades para a prática do windsurf tais como: Búzios e Araruama no Rio de Janeiro, Praia de Búzios e São Miguel do Gostoso no Rio Grande do Norte, Ilhabela em São Paulo, Ibiraquera e Florianópolis em Santa Catarina, e Fortaleza e Jericoacoara no Ceará.

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