sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

SERRA DO MAR Part. 3

Os animais são uma das maiores atrações da Serra da Canastra, especialmente na área do Parque Nacional. A fauna típica da região reúne várias espécies ameaçadas de extinção, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro, que podem ser vistos com relativa facilidade.

Outros bichos também ameaçados que, havendo um pouco de sorte, os turistas podem ver, são a lontra, o macaco sauá e as três maiores e mais fascinantes raridades: o tatu-canastra, o pato-mergulhão e a onça parda.


As áreas de campos e cerrados da Canastra exibem também o cachorro-do-mato, a seriema, a ema, o gavião carcará e o magnífico gavião-caboclo. Nas matas ciliares e nas fazendas, o show é do mico-estrela, dos quatis, do bonito e imponente urubu-rei, do jacu, do tucano-açu e do canário-da-terra.


A regra número um para ver os bichos é ser atento e silencioso. Ou seja, quem estiver a pé, a cavalo ou de bicicleta terá mais chances do que quem estiver de carro. Outra regra é dar preferência ao passeio no começo ou no final do dia. Por fim, há os locais estratégicos, pontos com registros de avistagem que só alguns guias e os visitantes mais experientes sabem identificar.
A maioria dos animais foge quando percebe a nossa presença. Alguns são dóceis e curiosos, permitindo uma aproximação. Nesse caso, o turista deve ficar calmo, não fazer barulho nem movimentos bruscos e não perseguir os animais. A recompensa pode ser aquela tão esperada pose para uma bela foto.

Flora

A Serra da Canastra está na região do cerrado mineiro, mas apresenta uma vegetação bem mais variada, que inclui campos, campos rupestres e florestas. O cerrado brasileiro é caracterizado por árvores de pequeno e médio porte, de cascas grossas e galhos retorcidos, bem adaptadas ao solo pobre e resistentes à seca e ao fogo.

A aparência despojada esconde uma biodiversidade impressionante.

São mais de 6 mil espécies vegetais, mais de oitocentas espécies de aves e quase duzentas espécies de mamíferos, números superiores, por exemplo, aos do Pantanal. Na Serra da Canastra, porém, o cerrado ocupa uma parte inferior à dos campos e campos rupestres (ou de altitude, localizados em áreas com altitude superior a 900 metros).

Nesses campos, a ausência de vegetação de grande porte e os contrastes do relevo formam imensas vistas panorâmicas, onde a paisagem exibe, no detalhe, imensos canteiros de flores. Nas áreas mais baixas e úmidas, formam-se os capões (matas) de formas arredondadas, com exuberante vegetação atlântica.



Todo o chapadão da serra onde está o Parque Nacional alterna essas áreas de campos e campos rupestres, com variações intermediárias que os especialistas chamam de campo cerrado, campo sujo e campo limpo. Além disso, há pequenos trechos de floresta e cerrado típico. Em toda essa área, um grupo de especialistas da Universidade Federal de Uberlândia já conseguiu identificar 540 espécies de plantas em apenas 4 anos de pesquisas.

Leia mais sobre a flora da Canastra em Saint-Hilaire e RPPN da Cachoeira do Cerradão

Fotos:

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